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ᥫ᭡ 021

O MEU CLIMA ACABOU NA NOITE passada. Voltei correndo para casa e não dei nenhuma palavra sobre aquele assunto, não quis comentar nem com a minha mãe. Todos na casa pareciam confusos, se perguntando sobre o que aconteceu, mas cientes de que eu não falaria absolutamente nada.

Seungmin e Felix ficaram aos cochichos a noite toda e, hoje, quando voltamos para casa eles não disseram nada comigo ou um com o outro. Parecíamos completos estranhos tendo que ficar juntos no mesmo lugar, foi como se os três estivéssemos desconfortáveis com a situação. O que é uma meia-verdade.

Chegamos na escola e foi quando fizemos nossa primeira interação. Felix perguntou algo sobre o seminário de biologia e tivemos nossa primeira conversa normal desde o domingo. Fomos todos para a sala e nos sentamos nos lugares de sempre. Chris estava aqui, mas no fundo, sentado sobre a mesa de Jisung enquanto ambos conversavam. Assim que me vê, eu aceno e ele vem em nossa direção. Chan cumprimenta os garotos com um simples "olá" e a mim com um beijo na bochecha.

— Como foi o seu fim de semana? — ele pergunta. — Vocês se divertiam?

— O sábado foi bem divertido — eu conto.

— E o domingo?

— Prefiro falar sobre você. O que fez no fim de semana? — eu pergunto, mudando um pouco o assunto.

       — Hyunjin e eu fomos pescar com o meu avô no sábado, nós combinamos de nunca mais repetir — ele diz. Chan ri, lembrando-se de algo. — No domingo eu fiquei sozinho em casa, tentando aprender a tocar algumas musicas no violão. Fiquei entediado, mas é bom que a segunda tenha chegado outra vez, assim eu posso estar aqui com você.

       — Ew! — Felix faz careta. — Me mata de uma vez antes que eu mesmo faça isso! — ele pede a Seungmin.

       — É por pessoas como vocês dois que outras cometem suicídio! — Kim brinca.

       Estamos rindo e fazendo piada com os outros novamente, isso é bom. Mas só dura até que o Hwang entre na sala. Ele chegou e o clima mudou completamente, o meu, pelo menos. Meu sorriso se desfaz e eu viro o rosto, tento disfarçar minhas reações mas sempre fui muito expressiva. Todos percebem.

       Eu consigo notar as pessoas nos olhando e falando a meu respeito. Ainda sobre a confusão que Yujin armou, é claro que ninguém teria esquecido. Como se já não bastasse as discussões anteriores, o clima pesado e estranho entre nós dá mais um motivo a ser comentado.

       Eu tento esquecer aquilo durante as aulas, mas ele fica sentado bem na minha frente, ocupando o meu campo de visão. Meu pé bate no chão sem piedade, o meu polegar aperta o botão da caneta, abrindo-a e fechando. A cada segundo que passa eu fico mais nervosa.

       Ele sabe que eu sou a JiJi, ele leu as minhas histórias, coisa que nem mesmo Felix conseguiu algum dia. Todas as palavras de amor que digitei, as coisas melosas e que todos que algum dia viram acharam bobas, tudo, ele sabe de tudo. Eu conversei com ele, falei que estava apaixonada por um garoto. Eu o elogiei, sem saber, disse como ele é lindo é magnífico.

       Meu Deus, eu me sinto tão humilhada. Tão sufocada que começo a ter um ataque de pânico. Largo a caneta na mesa e em uma tentativa de fuga, levanto a mão e peço para ir ao banheiro. Quando autorizada, eu saio o quanto antes. Vou correndo até o banheiro feminino e paro em frente à uma das pias, puxou o laço-gravata da minha blusa e desabotoo um dos botões, procurando não me sentir mais tão sufocada.

       Diante do espelho, encho as mãos com água e lavo o rosto, secando com os papeis toalha ao lado, em seguida. Minha mente está muito agitada, eu começo a sentir meu cérebro ficar sem oxigênio. Recordo-me de repente do meu último ataque de pânico, quando os meus pais se separaram. Tento usar o recuso de visualização que aprendi daquela vez.

       Me concentro nas coisas reais, que posso ver, e as listo, fazendo o meu cérebro desviar a atenção do problema de antes. Eu digo em voz alta as coisas que vejo, como: as paredes brancas com listras amarelas, espelhos na parede, as cabines com portas grafitadas, o sol está entrando pela janela e queimando minha pele. Começo até a contar os ladrilhos no chão.

       Quando consigo respirar de novo, entro em uma das cabines com pressa pois senti que iria vomitar. Eu estou enjoada, nauseada. Minha cabeça dói e as lagrimas já se espalham além dos meus olhos. Eu tento me calar quando ouço passos, mas quando abro a porta não vejo ninguém. Talvez eu esteja imaginando.

       Saio da cabine e limpo o rosto mais uma vez, dou uma arrumada no cabelo e volto para a sala tentando evitar olhar no rosto de qualquer um. Não deixo que vejam meus olhos vermelhos, pois até prefiro que pensem que usei drogas a que chorei. Fico o dia inteiro de cabeça baixa até o horário do almoço.

       No almoço, Chan insiste que eu vá sentar com os amigos dele e eu não tenho uma saída. Jamais explicaria para ele o porquê de eu querer evitar o amigo dele a todo custo. Eu sento na mesa com todos eles e para piorar ainda me fizeram sentar ao lado do Hwang. Talvez tenha sido de propósito.

       Eu evito olhar para os lados — pois ele estava de um e Chan do outro, com o olhar curioso —, para cima e para frente, então fico olhando apenas as minhas mãos.

       — Jiyoon, o que você tem? — Bang pergunta baixinho.

       — Não é nada — minto outra vez.

       Chan aceita a minha mentira e segura a minha mão, passando conforto. Eu me sinto melhor por ter ele aqui, mas também tenho a sensação de que Hyunjin está olhando para as nossas mãos entrelaçadas. Com as coisas que sabe de mim agora, não sei se ele me odeia mais ou se sente pena.

       Eu queria poder dizer tudo a Chan, mas não sei como posso explicar que tenho uma conta no aplicativo laranja, escrevi uma história de amor sobre o melhor amigo dele e eu e ainda que, Hyunjin descobriu tudo. Acho que se ele souber, ganharei uma pessoa a mais para me detestar. Eu nem deveria ter começado a escrever, para inicio de conversa.

Até o nosso relacionamento agora me parece incerto, parece ser só questão de tempo até acabar. Hyunjin já deixou claro que me odeia e agora que sabe que a garota com quem esteve conversando por todos esses anos sou eu, devo me preparar para o que virá. Talvez a encarada que ele deu nas nossas mãos seja um alerta para mim, para eu aproveitar enquanto ainda posso.

Os garotos estão conversando faz algum tempo, eu estaria tranquila enquanto eles conversassem somente entre si, mas é claro que, em algum ponto, a conversa chegou até mim.

— Então, Jiyoon... — Jisung, meu único amigo na mesa além de Seungmin, começa. — Por que o Chan? E pisque três vezes se precisar de ajuda.

Eu dou risada da brincadeira, mas boa parte da risada é por medo de responder. Fiquei pensando se Hyunjin abriria a boca para falar de mim quando eu respondesse a pergunta.

— Chan é alguém que eu gosto muito e que sei que posso contar quando precisar — conto. Não é mentira, mas por que eu fico pensando na situação de agora e que ele não aceitaria bem a situação? — Ele é gentil, compreensivo, um bom ouvinte.

— Você acabou de descrever um amigo — Hwang finge sussurrar, mas com o quão próximo estamos, ele sabe que eu posso ouvi-lo, assim como Seungmin, que está ao seu outro lado.

Como se o clima já não fosse pesado o suficiente, ele acaba de adicionar mais duas toneladas. Os meninos percebem uma tensão repentina e ficam se olhando sem saber o que dizer, eu só pude olhar para Chan. Ele me observa paciente, dá um pequeno sorriso e finge não ouvir as palavras do melhor amigo. As vezes isso em Chris me incomoda, ele está sempre passando pano para o amigo e eu acabo desfavorecida na história.

— Minho, você entrou no time de basquete? — Seungmin tenta amenizar a situação.

— É, mas não é grande coisa, o time não é tão bom assim para ficar escolhendo jogadores — Know dá de ombros. — Mas o pior é sem dúvidas o capitão! — ele provoca Hyunjin, que apenas faz uma careta.

— Jiyoon, você já pensou em entrar para as cheerleaders? — Jisung me questiona. — Assim você estaria em todos os nosso jogos, dando uma força para a equipe.

       — Eu, animadora de torcida? — reflito sobre o assunto. — Não sei, vou pensar sobre o assunto. O que você acha? — pergunto a Chan.

       — Eu acho ótimo! — ele exibe bastante animação. — Vai ser bom ter você torcendo por mim. Quero dizer, por nós.

       — Só não sei se vai ser ótimo para você de assistir, o seu namorado é péssimo! — diz Lee Know.

       — E não é você quem entrou no time três anos depois de mim? — Christopher provoca o amigo também.

       Os meninos continuam nesse clima amistoso o resto do intervalo. Teria ficado tudo bem se eu não estivesse tão perto de Hyunjin para ouvi-lo bufar sem paciência algumas das vezes. Ele fica calado o tempo inteiro e isso me assusta mais do que se ele estivesse falante. Para estar tão calado assim, só pode estar planejando algo contra mim.

       Quando o nosso tempo livre acaba vamos todos para nossas salas, nem todos estudamos juntos. Chan e Hyunjin estão nas cadeiras em frente a minha e de Felix como o de costume. Eu vejo os dois conversando baixinho sobre algo que deixou o Hwang irritado, ao contrário do Bang.

       Eu tento ler os lábios deles mas foi impossível, eu não entendia nenhuma palavra, no máximo posso ter ouvido um "cala a boca". Tento me concentrar no que eles conversam e Felix parece perceber.

       — Chan disse que Hyunjin tem que parar de implicar com você, principalmente falar coisas que te deixe constrangida na frente dos amigos deles — meu irmão traduz para mim. — O que aconteceu? — ele pergunta.

       — Hyunjin sendo ele mesmo — digo. — Han me perguntou por que eu escolhi namorar com Chan, quando eu respondi o que gosto no Bang, ele implicou dizendo que eu estava descrevendo um amigo.

       — E o que você respondeu depois?

       — Nada — respondo frustrada. — Prometi a Seungmin que deixaria isso de lado por enquanto — respondo. Mas a verdade é que tive medo, ele tem um arsenal inteiro contra mim.

       — Seungmin disse que vai conversar com ele hoje. Talvez dê tudo certo e vocês parem com essas implicâncias logo.

       — Não importa o que Seungmin diga a ele, não há esperanças para nós dois — e se houvesse, acabaram todas ontem.

       — Sem pessimismo, Yoon — pede o Lee. — Eu acredito no Seung, ele vai conseguir. Uma vez ele me convenceu a comer bicho de seda, então saiba que ele pode fazer qualquer coisa acontecer.

       — Eu estou tentando acreditar nisso.

       As aulas seguem lentas e minha vontade de viver vai diminuindo. Hoje é um dos dias mais entediantes da minha vida, já faz um tempo que eu não me sinto toda feliz e animada para vir à escola. Isso acabou quando Hyunjin começou a namorar Yujin, já faz tanto tempo.

       Quando o sinal estava quase para tocar, Felix pediu ao professor para ir beber água e me disse para pegar o material dele quando a aula acabasse e encontrá-lo no portão, dizendo ele que não aguentaria mais um minuto ouvindo a voz do senhor Song. Ele foi esperto, queria ter tido a mesma ideia.

       Eu fico na sala sozinha até sermos liberados, quando isso acontece, pego as coisas do meu irmão e vou para o portão principal com Chan.

       — Mais uma vez, me desculpe por ele — Chris pede desculpas pela situação chata de mais cedo. — Eu não sei mais como controlá-lo.

       — Está tudo bem, é com o que eu menos estou preocupada — solto sem querer.

       — O que aconteceu? — ele pergunta.

       — A gente tem que ir embora! — Felix surge de repente, agarrando no meu braço e me assustando.

       — Yongbok, espera! — digo, mas ele nem se importa por eu ter chamado ele assim.

       Tento dizer algo ou ao menos me despedir de Chan, mas Felix me puxa para longe e do nada começa a correr um pouco até chegar em casa. Mesmo com as caminhadas recentes, sinto-me sem fôlego. Quando entramos, eu pergunto o que é, mas ele faz sinal, pedindo silêncio e nós subimos para o quarto dele.

       Novamente cheio de mistérios ele tranca a porta, as janelas e joga as coisas no chão. Felix liga uma música para abafar o que conversaremos e leva as mãos à cintura, ele bufa irritado. Eu não estou entendendo nada.

       — Meu Deus, o que foi!? — pergunto já sem a menor paciência. — Nós poderíamos pelo menos ter esperado Chan, a casa dele é literalmente na rua de trás.

       — Eu não queria que ele ouvisse nossa conversa — ele explica, mas não esclarece nada. — E eu também precisava te tirar de lá o mais rápido possível.

       — Por que isso tudo?

       — Porque as pessoas naquela escola estão espalhando que você está grávida, Jiyoon.

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