𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎.: luanaiscrazyyy
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𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄.: Um concerto especial
𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐆𝐄𝐍𝐒.: Marc Bernal ¡×! Isabella Calisto

.¸¸.·♩♪♫ 𝐈sabella 𝐂alisto 𝐏oint 𝐨f 𝐕iew ♫♪♩·.¸¸."

A noite estava quente, típica do final do verão em Madrid. O estádio onde Morad ia cantar começava a encher-se de fãs animados, muitos dos quais, como nós, tinham viajado de longe só para ver o espetáculo ao vivo. O ambiente era eletrizante, mesmo do lado de fora. Prendi o meu cabelo num coque alto e deixei alguns caracóis rebeldes moldarem o meu rosto, numa tentativa falhada de controlar o volume. Vesti uma t-shirt preta justa e umas calças de ganga largas, de cintura baixa, e enquanto balançava os brincos prateados em frente ao espelho retrovisor do carro de Hector Fort, senti o olhar de Marc sobre mim. Ele estava no banco do condutor, só a observar.

— Pronta? — perguntou com aquele sorriso tranquilo e apaixonado que só ele sabia dar.

Assenti com confiança, ajeitando a pequena mala de ombro que levava.

— Amor, eu nasci pronta. Anda, quero arranjar um bom lugar!

Lá dentro, Hector Fort e Lamine Yamal já nos esperavam. Estavam encostados a uma das grades da zona VIP situada na parte superior da arena, descontraídos, como se aquele ambiente fosse o mais natural do mundo para eles. Lamine segurava um pacote de batatas fritas já pela metade, mastigando com pouco entusiasmo.

— Estavam a demorar mais naquele carro do que Morad para subir ao palco — comentou ele, assim que nos viu aproximar.

— Continua a dizer parvoíces dessas que entretanto o teu alarme toca a avisar que já passou a hora de dormir — ripostei, com um sorriso, entrando na brincadeira.

Hector soltou uma gargalhada, passando o braço pelos ombros de Lamine, como quem dizia "devias ter ficado calado".

Marc, ao meu lado, apenas riu. Ele era sempre assim, mais reservado nas palavras, mas atento a tudo. Bastava eu olhar para ele para receber aquele sorriso travesso e o olhar profundo que dizia tudo sem precisar de dizer nada.

O concerto começou com uma batida forte que fez tremer o chão. Instintivamente, puxei Marc mais para perto, como se ele fosse o meu guarda-costas pessoal. Na zona onde estávamos não havia confusão - apenas luzes a piscar, vozes em coro, e aquele sentimento de estar exatamente onde devíamos. Eu dançava suavemente, sentindo cada compasso, como se o mundo fosse apenas aquilo ali. E Marc... bem, ele não conseguia tirar os olhos de mim.

— Estás a ver? — gritei ao ouvido dele, com os olhos brilhantes. — Isto aqui é felicidade pura!

Ele não respondeu com palavras. Limitou-se a puxar-me mais para junto dele, passando os braços à volta da minha cintura. Encostei-me ao seu peito sem parar de dançar, e ele beijou o topo da minha cabeça, num gesto silencioso, mas cheio de amor.

— A felicidade é poder estar aqui, contigo — murmurou, a voz abafada pela música.

Mais tarde, quando Morad fez uma pausa para falar com o público, subi para uma parte mais alta do muro e sentei-me. Encostei a cabeça ao ombro de Marc, enquanto à nossa frente Lamine e Hector discutiam animadamente se a música anterior era melhor do que a preferida de todos nós.

— Prometes que vamos a todos os concertos juntos? — perguntei, entrelaçando os meus dedos nos dele.

Marc olhou para mim com ternura, o sorriso sincero a crescer nos lábios.

— Prometo. Mesmo àqueles que eu nem curto, tipo aquela... como é que se chama? Tate McRae? Se tu estiveres lá, eu também estarei.

Ri da sua tentativa falhada de pronunciar o nome da minha artista favorita, e beijei a sua bochecha com carinho.

— És um fofo, Bernal.

— Só contigo, Calisto.

FIM ♡