
𝐇𝐞𝐜𝐭𝐨𝐫 𝐅𝐨𝐫𝐭 - 𝐏𝒕.𝟏 🇪🇸
𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎.: —–—
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𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄.: Onde Lieve e Hector são ex-namorados que talvez ainda não se tenham superado
𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐆𝐄𝐍𝐒.: Hector Fort ¡×! Lieve De Jong
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Estar sentada num carro, numa madrugada de sexta-feira, ao lado do ex-namorado não era, de todo, um bom cenário.
Mas as coisas ficavam um pouco diferentes quando o ex-namorado em questão era Hector Fort.
O silêncio instalava-se por todo o carro, apenas interrompido pelo rádio, que tocava algumas músicas aleatórias num volume quase impercetível. Ambos estávamos demasiado concentrados no motivo incerto que nos tinha levado a acabar juntos novamente.
— Sabes que te odeio e nada nem ninguém vai alterar isso — disse eu, quebrando o silêncio pela primeira vez em mais de vinte minutos.
— Tenho umas opiniões sobre isso que prefiro guardar para mim — respondeu Hector, passando bruscamente a mão pela alavanca das mudanças.
— Ótimo, não te pedi a tua opinião.
— Nem sei sequer porque estás aqui! Aliás, o silêncio estava maravilhoso.
— Primeiro, estou aqui porque insististe para eu não ficar no meio de três bêbados que acabariam por me fazer tomar algo, e segundo, concordo plenamente! — Encostei o meu corpo contra o banco do automóvel, ouvindo Hector suspirar pesadamente.
— Vejo que continuas a mesma.
— O que esperavas? Que mudasse ao fim de seis meses? Não sou como as outras com quem estiveste nesse tempo!
— Devo ter estado com tantas como tu...
— Que engraçado, parece que temos um Hector Fort ainda apaixonado, que ficou seis meses a usar as mãos.
Nenhum de nós falava num tom alterado. Eu usava um tom irónico, enquanto Hector mantinha a calma, como se falasse a sério.
— Vês, este foi o motivo de tudo! O motivo de termos acabado! Estamos sempre a discutir por coisas aleatórias e sem sentido — murmurou, deslizando a mão da alavanca das mudanças para a minha coxa, completamente exposta pelo vestido azul curto que eu usava. — Eu sei que sentes o mesmo...
— Não vais ter a mesma sorte desta vez que tiveste das últimas — orgulhei-me, mas não fiz grande pressão para afastar a mão dele, que subia e descia lentamente pela minha perna.
— Sabes que tenho razão... princesa, somos um par perfeito.
— Nos teus pequenos sonhos, podes ter certeza disso. Nos meus, já não tenho tanta certeza - murmurei, pegando no telemóvel e vendo que já marcava 3h20 da manhã.
— Se não somos, porque continuo com a mão na tua coxa, a fazer exatamente o mesmo que fazia quando ainda namorávamos? Pelos vistos, há hábitos que nunca mudam... — Retirou a mão para colocar uma mudança, mas logo voltou ao mesmo lugar.
— Hector, isso não significa nada! — Revirei os olhos, já vendo onde ele queria chegar com aquela conversa.
— Porque acabámos ao certo? — abrandou a velocidade do carro ao aproximarmo-nos de um semáforo, os dedos da sua mão esquerda tamborilando contra o volante, enquanto a sua atenção oscilava entre a estrada e os meus movimentos.
— Hector, não queiras entrar por aí... — Tentei cortar a conversa, não questionando quando ele seguiu o caminho até minha casa. Afinal, fazia sentido. Ele só me estava a levar, nada mais do que isso.
Quando chegámos, ele desligou o carro sem dizer uma única palavra e saiu ao mesmo tempo que eu. Ajeitei a alça da minha bolsa ao ombro, pronta para lhe agradecer e entrar, mas antes que pudesse sequer abrir a boca, senti o olhar dele fixo sobre mim.
— Não sou burro, Lieve. Sei que sentes o mesmo.
Revirei os olhos, tentando controlar a forma como o meu corpo reagia a ele.
— Hector, nós não podemos — murmurei, cruzando os braços. — Volta para casa.
Ele aproximou-se sem pressa, obrigando-me a recuar até as minhas costas baterem contra a porta principal da casa.
— Diz-me que queres que eu vá e eu vou.
A voz dele soou baixa e firme, não me dando sequer margem para resposta. Eu não queria que ele fosse.
— Parece-me que não vou.
E antes que eu pudesse protestar, os seus lábios capturaram os meus.
Suspirei contra a boca dele, sentindo o calor familiar do seu corpo contra o meu. As suas mãos deslizaram para a minha cintura, puxando-me ainda mais para ele, e eu cedi sem sequer tentar lutar contra isso. Os dedos dele apertavam o meu corpo, um arrepio instantâneo percorreu-me quando senti a sua língua contra a minha.
Eu podia dizer muitas coisas, menos que ele não tinha jeito para aquilo.
Separámo-nos por um instante, o suficiente para recuperar o fôlego, mas não para afastar o desejo que pairava no ar.
— Não terás a mesma sorte desta vez que tiveste das últimas... — sussurrei, mas sem verdadeira convicção.
Hector esboçou um sorriso confiante, os seus dedos a deslizarem preguiçosamente pelas minhas ancas.
— Lieve, quem tentas enganar? Sabes que somos feitos um para o outro.
Mordi o lábio inferior, fingindo hesitação.
— Oh, eu não teria tantas certezas disso... — provoquei, deslizando a minha mão para a parte de trás do seu pescoço, as unhas arranhando suavemente a sua pele.
— Se não somos, porque ainda não me afastaste?
Uma das suas mãos deslizou até à minha cintura, apertando-a levemente por cima do tecido do vestido, fazendo-me prender a respiração.
— Hector... — Tentei adverti-lo, mas a minha voz saiu mais como um sussurro do que como um protesto.
— Sabes... — murmurou, o polegar desenhando pequenos círculos contra o tecido azul. — Há certos hábitos que nunca mudam.
Fechei os olhos por um segundo, amaldiçoando internamente a forma como ele sabia exatamente onde me tocar para me fazer ceder. Respirei fundo antes de finalmente destrancar a porta atrás de mim, afastando-me ligeiramente.
— Tens de ser discreto... e cuidadoso!
— Porque o teu irmão está em casa?
Assenti, mordendo levemente o lábio.
— Sabes bem como é. Aos olhos dele, somos ex-namorados que não se falam.
Hector sorriu, um brilho divertido a crescer no olhar.
— Então parece-me que teremos de ser muito cuidadosos...
Diminuiu o tom de voz, aproximando-se ainda mais de mim. Já dentro de casa, fechou a porta atrás de si com cuidado e puxou-me para os seus braços.
E antes que eu pudesse dizer algo, inclinou-se novamente e deixou um beijo lento, mas sentido, no meu pescoço, as mãos mais uma vez firmes na minha cintura. Mordi o interior da bochecha, tentando conter o suspiro que estava prestes a soltar, mas o sorriso presunçoso dele denunciava que já sabia o efeito que tinha em mim.
— Vem daí antes que o Frenkie apareça.
Agarrei na mão do moreno, puxando-o até às escadas que levavam para os quartos.
Hector riu baixinho, seguindo-me sem hesitar.
— Prometo portar-me bem... ou pelo menos tentar.
FIM ♡
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