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𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄.: Reencontro na grande estreia
𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐆𝐄𝐍𝐒.: Fermín López ¡×! Inés Vargas

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A sala da grande estreia estava banhada por tons suaves de azul, vermelho e dourado. Nas paredes, o logótipo do Barça One surgia de forma discreta, mas constante, como se observasse silenciosamente cada detalhe da noite. A estreia de The Next Generation reunira jogadores, staff, convidados e jornalistas num auditório elegante, meticulosamente preparado para o momento. Tudo ali respirava orgulho, nostalgia — e uma promessa de futuro.

Inés ajeitava o vestido azul de alças finas enquanto trocava palavras rápidas com um dos produtores. Disfarçava o nervosismo com sorrisos contidos e respostas breves, embora os olhos não parassem de varrer o espaço à procura de algo. Ou melhor, de alguém. Sabia que ele estaria presente. Tinha sido convidado, como todos os que apareciam nos primeiros episódios.

A voz do apresentador ecoou, chamando os nomes dos principais jogadores. A sala respondeu com aplausos. Lamine Yamal, Pau Cubarsí, Hector Fort, Pablo Gavi... e então:

— Fermín López.

Inés não precisou de se virar. Sentiu a presença dele antes mesmo de o ver — como se o ar à sua volta tivesse mudado de peso. Só quando o burburinho abrandou é que se permitiu olhar discretamente por cima do ombro.

Ali estava ele.

Blazer escuro, cabelo loiro ligeiramente mais arranjado do que o habitual e o mesmo sorriso impecável de sempre. Mas os olhos... os olhos estavam presos nela.

Durante a projeção, tudo passou como num turbilhão. Inés mal conseguia focar-se no ecrã. Quando surgiu a cena da menina com a camisola larga e a vozinha a dizer "quero ser como tu", sentiu o peito apertar. E depois veio aquele olhar. Captado pela lente, agora projetado num ecrã gigante: Fermín com a criança ao colo, a olhar diretamente para ela. Naquele instante, a sala pareceu desaparecer — e a emoção voltou com a mesma força do dia em que a imagem foi gravada.

O silêncio que se seguiu foi rompido por uma salva de palmas emocionadas. Alguns jogadores assobiaram, outros sorriram. Inés desviou o olhar, engolindo em seco, tentando não se deixar arrastar pelo momento.

Depois da exibição, o auditório abriu-se para um cocktail descontraído. Taças de espumante passavam de mão em mão, entre cumprimentos e conversas animadas. Inés procurava um recanto para respirar, mas não teve tempo.

— A cena principal, certo?

A voz atrás dela fez com que cada pêlo do corpo se arrepiasse.

Virou-se devagar. Fermín estava ali, mais perto do que esperava, segurando um copo e com aquele olhar que parecia vê-la por dentro — acompanhado de um sorriso contido, com um toque provocador.

— Não fazia ideia de que ia ter tanto destaque — disse, tentando soar leve.

— Eu também não. Achei que iam cortar a parte em que fico sem saber o que fazer com uma miúda nos braços, enquanto tu filmas tudo — respondeu ele, com um tom descontraído.

— Foi autêntico. E era isso que procurávamos. Verdade, humanidade.

— Pois... — Ele inclinou ligeiramente a cabeça, observando-a com atenção. — E agora estás aqui, toda séria e formal... Mas continuo a preferir-te com os auriculares ao pescoço e a câmara na mão. Soava mais... natural.

Inés sorriu, baixando os olhos por um segundo.

— E tu continuas bom a lançar esse teu charme sem esforço. Dentro e fora de campo.

— Não é charme — respondeu, aproximando-se um pouco mais. — É só sinceridade.

Ela riu, virando o rosto por instinto.

— Estás a tentar convencer-me de quê, exatamente?

Fermín hesitou por um segundo. Olhou para o copo, depois para ela.

— Não sei. Talvez... de que temos mais histórias para contar. Fora das câmaras.

Ela ergueu uma sobrancelha, divertida.

— Tipo?

— Tipo um jantar. Tu e eu. Nada de entrevistas. Só conversa... e talvez umas provocações subtis — disse ele, com um sorriso confiante.

Inés fingiu ponderar.

— Vais ter de trabalhar para isso acontecer. A minha agenda não está propriamente fácil.

— Eu dou a volta. Sou bom nisso — piscou-lhe o olho, afastando-se devagar. — Mas se mudares de ideias, estou por aqui. Ou então... espero lá fora, no fim do evento. Vai depender de ti.

E desapareceu entre os convidados, deixando um rasto de perfume e a promessa silenciosa de algo que ainda estava por começar.

FIM ♡

1. Pode ser considerado uma parte 2 do outro imagine dele.